Introdução
O que é, localização, como ocorre, sintomas, tipos, classificação,
estadiamento, como fazer diagnóstico
Tratamento do tumor, câncer, mesotelioma da pleura

Introdução

O que é a pleura?

A pleura á a membrana que envolve os pulmões, o mediastino e a parede interna do tórax.

Existem vários tipos de tumores da pleura (benignos ou malignos) que podem se desenvolver. O mais comum é o mesotelioma, que, quando localizado, é geralmente benigno, e quando difuso, é sempre maligno.

Além desse, na pleura pode haver metástases que são tumores oriundos de outras regiões do corpo e que nela se implantam geralmente causando derrame pleural tumoral. Pode ainda ocorrer invasão direta da pleura por tumores do pulmão, da parede torácica, mamas, mediastino, esôfago ou de qualquer outro órgão do tórax.

Imagem esquemática da pleura.

Tipos de tumores da pleura

Tumor fibroso solitário da pleura: esse antigamente era erroneamente chamado de mesotelioma localizado benigno, representa 75% dos tumores de pleura localizados, ocorre mais em mulheres (2/1), são quase sempre assintomáticos e de natureza benigna.

Geralmente são tratados com vídeo cirurgia para biopsia e no momento da cirurgia eles devem ser ressecados completamente o que já confere a cura.

Imagem de radiografia e de tomografia de um tumor fibroso solitário da pleura.

Mesotelioma localizado maligno da pleura: esses são tumores sarcomatosos com imagens tomográficas de invasão de estruturas da parede torácica e as vezes com derrame pleural. Geralmente é necessária punção para definição do tipo histológico e o tratamento é alcançado com ressecção cirúrgica com ressecção mais ampla e confirmação com congelação no trans operatório.

Imagens tomográficas e PET-CT de mesotelioma localizado maligno da pleura

Mesotelioma difuso maligno da pleura: esses são mais raros e relacionado a exposição ocupacional ao asbesto (por 20 a 40 anos) mas em 30% deles não há essa exposição.

Imagens tomográficas e PET-CT de mesotelioma difuso maligno da pleura:

Como fazer o diagnóstico do tumor, benigno ou do mesotelioma maligno da pleura

O diagnóstico de tumor da pleura pode ser suspeitado pela visualização de alterações (tumor, nódulo, espessamento da pleura, derrame pleura, etc) em uma radiografia ou tomografia do tórax. Mas o diagnóstico definitivo só será dado após ter sido feita uma biópsia da região. Pode haver, além do câncer da pleura, a presença de um derrame pleural.

Punção no diagnóstico do tumor de pleura: a realização de uma simples punção ou punção aspirativa ou lancetante pode dar o diagnóstico histológico definitivo, mas muitas vezes o material é escasso para se conseguir o tipo histológico.

Vídeo cirurgia para biopsias um tumor de pleura: em muitas ocasiões esse é o melhor método pois nele é possível ressecar fragmentos maiores que facilitam no diagnóstico histológico.

Imuno-histoquímica e testes moleculares: esse exame das amostras de biopsias são fundamentais e devem sempre ser realizados. Os marcadores mais recomendados são:CK5/6, WT-1 e D2-40.

PET-CTou PET-SCAN no diagnóstico do tumor de pleura: esse método pode distinguir entre benigno ou maligno com sensibilidade de 91% e especificidade de 100%

O Dr. Malucelli possui longa experiência no tratamento dos tumores da pleura já realizou inúmeros tratamentos e cirurgias.

O Dr. Malucelli possui longa experiência no tratamento dos tumores da pleura já realizou inúmeros tratamentos e cirurgias.

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Sintomas dos tumores da pleura

Estão na dependência do tamanho do tumor e se existe ou não invasão da parede torácica e a presença ou não de derrame pleura.
Pode ocorrer dor torácica, desconforto respiratório, fôlego curto (dispneia), falta de ar ou sensação de peso no tórax.

Classificação histológica do mesotelioma maligno da pleura

Mesotelioma epitelial: 50 a 60% dos casos
Mesotelioma sarcomatóide: 15 a 25% (células semelhantes ao tumor mesenquimal)
Mesotelioma misto: 20 a 30%  e tem componente epitelioide e sarcomatoide.. 

Estadiamento do mesotelioma maligno da pleura

Estadio I: confinado a pleura parietal
Estadio II: quando invade a parede torácica ou estruturas mediastinais ou metástase ganglionar intratorácica.
Estadio III: quando com extensão para o peritônio ou envolvimento contralateral ou metástase ganglionar fora do tórax.
Estadio IV: com metástase hemática a distância.

Tratamento

Devemos obter o diagnóstico histológico e o estadiamento perfeito para instituir o tratamento.

Nos tumores pleurais localizados o melhor tratamento é a ressecção cirúrgica completa com margens de segurança e muitas vezes nem haverá necessidade de quimioterapia.

Nos casos de mesotelioma maligno difuso o estadiamento deve ser mais minucioso com investigação inclusive do abdome e o tratamento deve ser muito bem ponderado com a família, com o oncologista clínico e com o cirurgião do tórax.

Dr. Antonio Vendrami Malucelli

CRM 11502 – Paraná

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