Introdução
O que é tumor de pulmão, sintomas, como fazer
diagnóstico, como investigar, classificação, histologia…
O que é o estadiamento clínico do tumor, câncer de pulmão
O que é estadiamento invasivo do tumor, câncer de pulmão
Estadiamento do tumor, câncer de pulmão com mediastinoscopia
Estadiamento do tumor, câncer de pulmão com broncoscopia e com broncoscopia com ultrassom – EBUS
Estadiamento do tumor, câncer de pulmão com VAMLA (linfadenectomia mediastinoscópica vídeo assistida) e TEMLA (linfadenectomia mediastinoscópica transcervical estendida)
Estadiamento pleural do tumor, câncer de pulmão com punção biópsia e /ou pleuroscopia e/ou vídeo pleuroscopia
Estadiamento do tumor, câncer de pulmão com vídeo cirurgia torácica e cirurgia torácica robótica
Tumor de pulmão imuno-histoquímica e marcadores TTF-1, Napsin-A, CK7, CK5/6, P63 e P40, sinaptofisina, cromogranina e CD56, anti-PD-1 e anti-PDL-1
Tumor de pulmão – testes moleculares e perfil genético EGFR, EML4-ALK, ROS1, BRAF, HER, N TRK, MET, RET, RAS por FISH, PCR e imuno-histoquímica

Introdução

Tumor, câncer de pulmão o que é?

Na população masculina, o hábito de fumar é responsável por mais de 80% dos casos diagnosticados de câncer de pulmão; entre as mulheres, 45% dos casos de câncer pulmonar também são atribuídos ao tabagismo.

O câncer de pulmão ocorre 2 a 3 vezes mais em parceiros de fumantes. Fumantes de longa data vivem 10 anos menos que não fumantes. Até mesmo os fumantes de 1 a 3 cigarros por dia desenvolvem maior risco de desenvolver câncer de pulmão. O câncer do pulmão também pode ocorrer em pessoas que nunca fumaram e que nunca conviveram com fumantes. Isso pode ocorrer em 35 a 40% de todos os cânceres do pulmão e geralmente o tipo histológico será um adenocarcinoma. Outros fatores de risco também podem promover o desenvolvimento do câncer do pulmão.

Achados de tumor, câncer de pulmão em uma radiografia do tórax feita como rotina, check-up.

Infográfico dos fatores causais e sintomas do tumor, câncer de pulmão.

O Dr. Malucelli possui longa experiência no tratamento do tumor de pulmão já realizou centenas de tratamentos e cirurgias…

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Como ocorre o tumor, câncer de pulmão

A maioria dos tumores de pulmão tem início na região interna dos pequenos brônquios e se desenvolve lentamente durante vários anos.

Tudo começa com o surgimento de lesões pré-cancerosas no pulmão e que não geram sintoma algum na pessoa, e não são detectadas nem em exame de radiografia nem de tomografia do tórax. As áreas pré-cancerosas, com o passar do tempo, se tornam cancerosas e começam a produzir substâncias capazes de gerar novos vasos sanguíneos (angiogênese) ao seu redor.

Esses novos vasos sanguíneos fornecerão nutrientes para as células cancerosas e possibilitar a formação do tumor/câncer do pulmão (crescimento anormal das células). Finalmente, o tumor, câncer irá crescer o suficiente (aproximadamente 1 centímetro), de maneira que poderá ser visualizado em um exame de raio-x. As células cancerosas podem se desprender do tumor e através da corrente sanguínea circular no organismo e formar tumores em outras partes do corpo (metástase).

 

Quais os sintomas do tumor, câncer de pulmão?

Sintomas na fase precoce do tumor, câncer de pulmão

Essa é a fase ideal de se fazer o diagnóstico pois as chances de cura serão muito grandes.

Tosse seca ou produtiva crônica (70% dos casos), tosse com sangue/ hemoptise (40%), infecção pulmonar de repetição no mesmo segmento pulmonar (40%), mudança do padrão da tosse em pessoas que apresentam tosse crônica e chiado localizado (não generalizado) no tórax / sibilus (2%).
Nessa fase o tumor é tão pequeno que dificilmente será visível em um exame de radiografia ou de tomografia do tórax, mas pode ser visualizado em um exame de endoscopia respiratória (broncoscopia). Essa é a melhor fase para se fazer o diagnóstico e o tratamento do câncer do pulmão.

Os médicos menos experientes podem não se atentarem para os sintomas precoces dessa doença e, dessa maneira, deixarão de instituir o tratamento na fase em que há melhores chances de cura.

Diagnóstico precoce do tumor, câncer de pulmão com uso de um video fibrobroncoscopio é possível visualizar o tumor dentro dos brônquios.

Tomografias do tórax para diagnóstico precoce do tumor, câncer de pulmão.

Sintomas na fase pouco mais avançada do tumor, câncer de pulmão

Falta de ar / dificuldade de respirar / dispneia (40%), dor torácica (35%), voz rouca /rouquidão (5%), aumento das veias do tórax / compressão da veia cava superior (5%), chiado no peito / sibilus (2%).
Nessa fase o tumor já é visível em exame de radiografia, tomografia e de endoscopia respiratória (broncoscopia).

Sintomas na fase avançada do tumor, câncer de pulmão

Quando existem metástases (tumor e outros órgãos do corpo) da doença na região óssea pode haver dor nos ossos (25%); no fígado pode haver hepatomegalia / icterícia / olhos amarelos (20%); fraqueza ou dormência de braços e pernas; linfonodomegalia cervical (20%); e no cérebro podem ocorrer sintomas neurológicos (5%-10%) tais quais cefaleia, tonturas, alterações visuais e convulsão.

Classificação histológica do tumor, câncer de pulmão

A nova classificação da OMS subdivide os adenocarcinoma de pulmão em:

Invasor: são classificados de acordo com o padrão arquitetural em adenocarcinoma de pulmão de: baixo grau (lepídico – excelente prognóstico), médio grau (acinar e papilar), de alto grau (micropapilar e sólido – pior prognóstico), coloide, fetal e entérico.

Minimamente invasivo: com foco de invasão estromal menor ou igual a 0,5cm);

In situ: nódulo único ou menor ou igual a 3 cm, padrão lepidico de crescimento em toda neoplasia, ausência de invasão aérea, vascular, estroma e pleural.

Nova classificação da OMS do Carcinoma epidermóide de pulmão

Invasor: queratinizante, não queratinizante e basaloide (pior prognóstico)

Nova classificação da OMS das neoplasias neuroendócrinas de pulmão

– Neuroendócrina de pulmão de: baixo grau (carcinoide típico), grau intermediário (carcinoide atípico) e de alto grau (carcinoma neuroendócrino de pequenas células e de grandes células). A contagem mitótica em dez campos de grande aumento é o principal parâmetro de classificação dessas neoplasias.

Nova classificação da OMS do carcinoma sarcomatóide de pulmão

– Carcinoma sarcomatóide de pulmão: inclui os subtipos pleomórfico, de células fusiformes de células gigantes, carcinossarcoma e blastoma pulmonar.

Estadiamento clínico do tumor, câncer de pulmão

O que é o estadiamento clínico do tumor, câncer de pulmão – TNM – 8ª edição

Estadiar é a fase mais importante para saber qual o melhor tratamento de um tumor de pulmão. Existe basicamente o estadiamento clinico e os estadiamento invasivos.

No sentido mais amplo estadiar significa definir o tipo histológico (imuno-histoquímica, marcadores, testes moleculares, perfil genético) e o grau de disseminação do tumor, câncer do pulmão. Dependendo do estadiamento saberemos qual será o melhor tratamento e a expectativa de cura.

O sistema de estadiamento utilizado para o câncer de pulmão de não pequenas células é o sistema TNM (da American Joint Committee on Cancer) onde o “T” é o tumor e sua invasão a estruturas vizinhas; o “N” são os linfonodos regionais e a distância e o “M” presença ou não de metástases. Essa avaliação é feita com tomografia do tórax sem e com contraste e/ou com PET-CT (pósitron emission tomography).

Imagens tomográficas de tumor, câncer de pulmão para estadiamento clínico.

Imagens de PET-CT de tumor, câncer de pulmão para estadiamento clínico mostrando comprometimento (invasão) de linfonodos.

Estadiamento 0, I-A e I-B do câncer de pulmão AJCC 8ª edição.

Estadiamento II-A e II-B do câncer de pulmão AJCC 8ª edição.

Estadiamento III-A do câncer de pulmão AJCC 8ª edição.

Estadiamento III-B e III-C do câncer de pulmão AJCC 8ª edição.

Estadiamento IV-A e IV-B do câncer de pulmão AJCC 8ª edição.

Após a identificação do tumor em uma radiografia, tomografia e/ou PET-CT o próximo passo é fazer coleta de sangue (hemograma, função hepática e marcadores) e uma biópsia do tumor de pulmão ou com uma broncoscopia, ou com uma punção aspirativa/lancetante e/ou EBUS (ecobroncoscopia) e/ou ressecção por vídeo cirurgia torácica.

Assim teremos o agrupamento histológico do câncer de pulmão em: “Carcinoma de pulmão NÃO de pequenas células” e o “Carcinoma de pulmão DE pequenas células”

Ao mesmo tempo pode ser feita coleta de sangue para análise de marcadores biológicos séricos. O antígeno carcinoembrionário (CEA), é o marcador tumoral mais valioso na avaliação de carcinomas não de pequenas células de pulmão.

A enolase neuroespecífica (NSE), para o carcinoma pulmonar de pequenas células.

Além desses estuda-se: antígeno polipeptídeo tecidual (TPA), antígeno do carcinoma de células escamosas (SCC-Ag), cromogranina A (Chr A e fragmentos de citoqueratina.

Ao final de todo esse estadiamento teremos o panorama clínico da doença:

Estadiamento invasivo do tumor, câncer de pulmão

O que é estadiamento invasivo do tumor, câncer de pulmão – TNM 8ª edição

Não basta fazermos o estadiamento clínico do tumor temos a obrigação de fazer o estadiamento invasivo com a realização de biopsias dos linfonodos para se ter certeza absoluta quanto ao estadiamento do tumor, câncer de pulmão pois do contrário poderemos errar e sub-estadiar ou super-estadiar e dessa forma o tratamento ficará completamente comprometido impossibilitando de se alcançar a cura.

Portanto praticamente sempre haverá necessidade de ser realizada a exploração dos linfonodos mediastinais e cervicais utilizando um ou mais dos métodos que descreveremos a seguir.

Abaixo imagem esquemática dos linfonodos torácicos que devem ser investigados em pacientes que apresentam um tumor, câncer de pulmão.

Estadiamento invasivo do tumor, câncer de pulmão com mediastinoscopia

Abaixo imagem esquemática do equipamento de mediastinoscopia que é utilizado através de uma incisão cervical e/ou paraesternal onde é possível fazer biopsias dos linfonodos cervicais e dos linfonodos mediastinais. Esses sempre devem ser investigados em pacientes que apresentam um tumor, câncer de pulmão.

Estadiamento invasivo do tumor, câncer de pulmão com broncoscopia ou com broncoscopia com ultrassom – EBUS

Abaixo imagem de um vídeo broncoscópio, a segunda é a visão broncoscópica de um tumor de pulmão e na última as 3 formas de coleta de biopsias (escovado, retirada de fragmento e agulhamento) para estadiamento de um tumor, câncer de pulmão e dos linfonodos do mediastino.

Abaixo imagem de pinças de biopsia, a segunda um vídeo broncoscópio com a pinça dentro do canal de trabalho e a ultima a biopsia pulmonar sendo realizada para estadiamento de um tumor, câncer de pulmão.

Abaixo imagem esquemática do procedimento chamado EBUS que é uma broncoscopia (endoscopia respiratória) com ultrassom para identificar e biopsiar linfonodos do tórax (mediastino) para estadiamento de um tumor, câncer de pulmão.

Estadiamento invasivo do tumor, câncer de pulmão com VAMLA (linfadenectomia mediastinoscópica vídeo assistida) e TEMLA (linfadenectomia mediastinoscópica transcervical estendida)

A mesma ressecção ou amostragem dos linfonodos mediastinais pode ser realizada com mediastinoscopia “convencional” ou com ela assistida por vídeo no estadiamento de um tumor, câncer de pulmão.

A VAMLA (linfadenectomia mediastinoscópica vídeo assistida) dá alguns benefícios de visualização e uso de instrumentais cirúrgicos.

A TEMLA (linfadenectomia mediastinoscópica transcervical estendida) consegue explorar mais estações lifonodais mas os valores de estadiamento de ambos os procedimentos são similares.

Abaixo o equipamento de VAMLA, TEMLA, a segunda ilustração da colocação do equipamento na regiao cervical atinfgindo o mediastino e na ultima biopsias / ressecções sendo realizadas para o estadiamento invasivo do tumor, câncer de pulmão.

Estadiamento pleural do tumor, câncer de pulmão com punção biópsia e /ou pleuroscopia e/ou vídeo pleuroscopia

O derrame pleural associado ao câncer de pulmão está presente em 15% dos pacientes no momento do diagnóstico e 40% dos pacientes desenvolverão derrame durante o curso da doença.

Portanto está indicada exploração pleural sempre que houver derrame pleural, na presença de nódulos pleurais ou de nódulos pulmonares periféricos.

para estadiamento de um tumor, câncer de pulmão

Estadiamento do tumor, câncer de pulmão com vídeo cirurgia torácica e cirurgia torácica robótica

Esse estadiamento estará indicado sempre que houver derrame pleural com punção biopsia inconclusiva, na presença de lesões pleurais ou de nódulos pulmonares periféricos ou de anomalias mediastinais.

Muitas vezes no momento dessa exploração cirúrgica já será possível fazer o tratamento do tumor, câncer de pulmão com a ressecção completa do tumor e dos linfonodos mediastinais.

Imagem do Dr. Malucelli no console de cirurgia torácica robótica usado para estadiamento e para o tratamento com ressecções pulmonares e esvaziamento ganglionar mediastinal em pacientes com tumor, câncer de pulmão, ao lado desenho esquemático de como o paciente e os equipamentos ficam dispostos na sala cirúrgica.

Tumor, câncer de pulmão imuno-histoquímica e marcadores

Esse exame das amostras de biopsias (mínimo 3 amostras), endobrônquicas e/ou transbrônquicas obtidas na broncoscopia são fundamentais e devem sempre ser realizados. Os marcadores mais recomendados são: marcador do adenocarcinoma (TTF-1, Napsin-A, CK7), marcadores do carcinoma epidermóide (CK5/6, P63 e P40) marcadores dos tumores neuroendócrinos (sinaptofisina, cromogranina e CD56).

Marcadores de outros tumores para investigação de metástase pulmonar como por exemplo os marcadores CH20 e CDX2 de adenocarcinoma de cólon.

Marcador grau de expressão do anticorpo anti-PD-1 e anti-PDL-1(quando elevada o prognostico é pior para os carcinomas não de pequenas células).

Tumor, câncer de pulmão – testes moleculares e perfil genético

O uso de tecnologia de sequenciamento de nova geração usado para direcionar o tratamento com terapias-alvo dos adenocarcinoma de pulmão tem modificado / melhorado o prognóstico.

A principal recomendação é que no material das biópsias e/ou das peças cirúrgicas de tumores, canceres de pulmão sejam testadas mutações do EGFR, rearranjos do EML4-ALK, fusões do ROS1, mutações do BRAF e amplificações do MET.

Esse perfil genético é obtido pela combinação de técnicas de imunofluorescência (FISH), reação em cadeia da polimerase (PCR) e imuno-histoquímica.

Tratamentos

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Dr. Antonio Vendrami Malucelli

CRM 11502 – Paraná

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